“Conta-se que quando Allah criou o homem criou também o alaúde com as quatro cordas para que o homem conhecesse o som dos quatro elementos da natureza. E tudo continuaria assim até que em fins do século IX o filósofo, matemático, e astrônomo Ziriab resolveu aperfeiçoar a obra de Deus acrescentando uma quinta corda. Ziriab dizia que as quatro cordas
tradicionais encontram o equilíbrio no universo, já que elas representam o ar, a água, a terra e o fogo. E que seus timbres oferecem analogias com os humores e temperamentos que existem na natureza, faltando, portanto a quinta corda, que ocuparia o cenário principal, o da alma.” (vozes do deserto -Georges Bourdoukan)

Com seu retorno ao Brasil inicia uma série de palestras,oficinas e concertos de música árabe clássica trazendo esse estilo milenar pela primeira vez ao cenário do circuito cultural brasileiro até então restrito a festas e comemorações das comunidades árabes.

 Participou de eventos culturais importantes como  no Festival Mundial   (Sesc Vila Mariana 1999 ),“Oriente Próximo”2002 ,“Sem Fronteiras”; na Bienal Internacional de Música em Belém(PA); na II Mostra de Cultura árabe em Campinas;  “São Paulo de Todo o Mundo “ no Centro Cultural Banco do Brasil, na Mostra Sesc de artes  na Orquestra Mediterrânea ;Concertos Matinais (Sala São Paulo) , como diretor musical no espetáculo “Lo jardin de la Danza”entre outros. 

Compôs a trilha para peça teatral Salamaleque de Valéria Arbex,participou do  tema de  Abertura das Olimpiadas Rio 2016,  na trilha Sonora da miniserie Dois Irmãos (Miltom Hatoum) direção de Luiz Fernando Carvalho(rede globo TV) onde participou também como ator e pesquisador, na novela orfãos da terra e muito mais.

Seu estilo de tocar o alaúde e cantar  é único reunindo influências diversas  desde  a música clássica árabe, o  canto Bizantino ,o sufismo , o flamenco e a música popular brasileira.

Seu repertório é diversificado compondo-se de peças eruditas árabes do séc. X ao séc. XIX   de canções folclóricas ,  composições próprias permeadas por  improvisações inusitadas.

È autor do  CD “A Corda Da Alma” onde apresenta, além da riqueza estética dos ornamentos da música árabe clássica, o lado místico e terapêutico do envolvente fraseado oriental.

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